Ricardo Daneluz tomou posse como secretário municipal de Turismo de Caxias do Sul com uma certeza: “sozinhos, não vamos atingir os objetivos que desejamos”. Em uma conversa com o G30 Serra Gaúcha poucos dias depois de assumir esse desafio, ele deixou claro mais de uma vez que o trabalho será coletivo. A ideia é trabalhar muito perto de entidades, empreendedores, academia e demais integrantes do trade turístico. “Fizemos um primeiro evento com o fundador do CVC, Guilherme Paulus (leia a cobertura do G30 aqui) como um primeiro movimento para reunir o trade e tivemos uma excelente participação”, conta.
Ao lado dessa primeira iniciativa, está o trabalho de identificar situações e começar as ações de relacionamento, que incluem também os governos estadual e federal. Outros parceiros que serão buscados são os municípios da Serra Gaúcha, porque é essa marca que Daneluz pretende “vender”. “Não quero divulgar Caxias do Sul, quero divulgar a Serra Gaúcha, e vou em busca de ações conjuntas com outras secretarias e prefeituras”, adianta. Ele avalia que assume em um momento propício para o turismo de Caxias do Sul e da região, já que percebe uma disposição do trade para promover ações e buscar suprir deficiências do setor.
Entre os projetos que aparecem no radar, está a Estação Férrea, que vai passar por um processo de revitalização. “A nossa estação é um lugar diferenciado, tem história, tem muita beleza, e a revitalização vai torná-la um espaço maravilhoso. Estamos com boas expectativas para esse projeto”, detalha. Outra iniciativa citada pelo secretário é o Plano Turístico e Territorial de Galópolis, liderado pelo Grupo Somos.RS, do qual o G30 Serra Gaúcha faz parte, pelo Instituto Hércules Galló, pela Sicredi Pioneira e pelo Sebrae RS (leia mais aqui). “O projeto de Galópolis, a Vila de Ana Rech e o Valduga Lacave, onde recebemos o Paulus, são grandes projetos que chegam para somar muito, mas queremos olhar também para os pequenos. O aumento de CNPJs na área do turismo foi muito grande e queremos estar ao lado desses novos empreendedores”, afirma o secretário.
Além de levar a parceria da secretaria, ele se aproxima também com a sua própria experiência como empreendedor na área turística. É com essa visão que Daneluz está conduzindo um levantamento dentro da pasta para identificar os dados de cada segmento. “Temos uma rede hoteleira muito boa, a gastronomia muito forte, comércio, bons atrativos. A ideia é trabalhar tudo isso de forma coletiva. Vamos ver o que temos de projetos prontos, o que podemos construir e então ir em busca de parcerias e recursos para executar”, acrescenta. Pois é, recursos, esse é sempre um assunto complicado, já que a Secretaria Municipal do Turismo não tem um orçamento robusto. Como lidar com isso? Daneluz responde: “Não é segredo para ninguém que a situação é extremamente complicada, mas o que estamos percebendo é a possibilidade de parcerias com inúmeras entidades. E vamos em busca de recursos dos governos estadual e federal. É preciso ter criatividade, parceria e dedicação, é assim que se faz turismo”.
Entre os cases que ele cita como exemplo está o alvará turístico usado em Bento Gonçalves. Por meio dele, é possível ter dados mais concretos de quanto o turismo movimenta, um argumento para buscar recursos e então desenvolver ainda mais essa indústria. Ao finalizar a entrevista, Daneluz resume o desafio que assumiu: “tem muito trabalho pela frente”. E em seguida emenda: “mas o momento é propício para um trabalho coletivo e estamos dispostos”. Nós também, secretário. Conte conosco!
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