São 24 anos no Sindicato Empresarial de Gastronomia e Hotelaria - Região Uva e Vinho. Esse tempo, sem dúvidas, ajuda a explicar por que, ao se falar do SEGH, o nome Marcia Ferronato imediatamente vem à mente. Pois é, a diretora executiva da entidade, além de muito dedicada e presente, ainda demonstra um carinho especial pelos associados. Isso também ajuda a explicar esse vínculo e pode ser resumido na resposta que ela deu à pergunta sobre o que está comemorando agora, quando o sindicato completa 74 anos: "Estamos celebrando que o nosso empresário está de portas abertas”.
Ela se refere, obviamente, à pandemia da Covid-19, classificada como um período “extremamente atípico”. Marcia virou psicóloga, ouvia os associados, tentava aliviar o drama, dizia palavras incentivadoras, mas, quando estava sozinha, o que pensava, era: “Esses caras não vão ter dinheiro pra pagar o salário e as pessoas não vão ter o que comer”. Foi um período duro, difícil. O SEGH fez tudo que pode para ajudar. “Conseguimos negociar um dissídio coletivo, adiantar as férias para não demitir, fizemos isso antes do governo. O pessoal ligava dizendo que não ia conseguir pagar, nós atendemos. Essa é a postura que uma entidade séria deve ter. O empresário é a nossa razão de ser e ele precisa se utilizar do sindicato, estamos aqui para ajudar”, afirma.
São mais de sete décadas ajudando, buscando benefícios coletivos, representando mais de 3,6 mil negócios em 20 municípios. O passado é longo, e Marcia ressalta que todos os presidentes fizeram a sua parte para construir esse legado. O atual, Marcos Ferronatto, segue a linha dos seus antecessores e vem escrevendo o seu capítulo dessa história apostando em relações duradouras e mantendo as portas abertas para parceiros e empreendedores da gastronomia, da hotelaria, de bares, casas noturnas e turismo.
E o futuro? “Tem muito por fazer. É importante não achar que está tudo resolvido”, diz a diretora executiva. A cautela segue ao ser questionada a respeito da retomada, muito celebrada principalmente pelos empresários do setor do turismo. Sim, Marcia reconhece que o turismo está voltando mais rápido, mas, mesmo assim, olha para o cenário com racionalidade. “Nos últimos tempos, estamos com esse braço maior no turismo, porque o próprio país deu mais relevância para esse setor, que é importante. Na pandemia, nos juntamos com outros sindicatos para alinhar a conversa, e quando chegou o comitê criado pelo Thomas (Fontana, diretor do Grupo Somos.RS e CEO do G30 Serra Gaúcha), já tínhamos uma posição conjunta, não éramos uma ilha. Essa união foi fundamental para a retomada do turismo acontecer”.
Ela se sente feliz por esse grupo ainda existir e seguir trocando ideias. E foi por meio dele, inclusive, que recebeu o Prêmio Destaques do Turismo, concedido pelo Prospera.RS (outro negócio do Grupo Somos), em março deste ano, a quem se destacou nas ações de combate à pandemia. “Eu fiquei muito honrada com o prêmio, todos nós merecíamos, foi um trabalho de grupo”. E daqui para a frente, Marcia? “Responsabilidade. Essa é a palavra, a lição que a pandemia deixa para mim. Gastar com responsabilidade, guardar uma reserva, olhar para tudo com responsabilidade. A inflação está ali, o poder de compra está caindo, precisamos olhar para a retomada também com responsabilidade”.
A diretora executiva reforça que vê claramente a intenção das pessoas de viajarem e o turismo de lazer voltando de forma acelerada. “Eu acho que as pessoas entenderam que a vida é curta e agora querem aproveitar. É bom para o empresário da hotelaria, da gastronomia que recebe turistas, isso está fortalecendo o setor. A veia empreendedora não se esvaiu com a pandemia e tem muito negócio abrindo”, celebra. Em seguida, ao falar dos novos empreendimentos, emenda: “O SEGH é para vocês também. Estamos de portas abertas para todos que quiserem a nossa ajuda”.
O convite está feito. Há 74 anos
Komentarze